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31-08-2009 10:52

 


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Questionário

Qual é o teu estilo musical preferido?

Jazz

 

 

Jazz

O jazz é uma manifestação artística-musical originária dos Estados Unidos da América. Tal manifestação teria surgido por volta do início do século XX na região estadunidense de Nova Orleans e em suas proximidades, tendo na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.

O Jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições musicais, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. Uma pequena banda de músicos, a maioria deles vindos de Nova Orleans, teve participação importante no desenvolvimento e disseminação do Jazz.

As origens da palavra Jazz são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal fato. O Jazz não foi aplicado como música até por volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado músico de jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da palavra "jazz" ser inventada". Durante seu desenvolvimento inicial, o jazz também incorporava hinos religiosos da Nova Inglaterra e das músicas populares Norte americanas dos séculos XIX e XX, baseados em tradições de musicais europeias.

 

 

 

Conceituação

Como o termo "jazz" tem desde longa data sido usado para uma grande variedade de estilos, uma definição abrangente que incluísse todas as variações é difícil de ser encontrada. Enquanto alguns entusiastas de certos tipos de jazz tem colocado definições menos amplas, que excluem outros tipos, que também são comummente descritas como "jazz", os próprios jazzistas são muitas vezes relutantes quanto a definição da música que são executadas. Duke Ellington dizia, "é tudo música." Alguns críticos tem dito que a música de Ellington não era de fato jazz, como a sua própria definição, segundo esses críticos, o jazz não pode ser orquestrado.

Por outro lado, os 20 solos de Earl Hines "versões modificadas" das composições de Duke Ellington (em Earl Hines Plays Duke Ellington gravado por volta dos anos 70) foi descrito por Ben Ratliff, crítico do New York Times, como "um exemplo tão bom do processo de jazz quanto qualquer outra coisa que temos."
Há bastante tempo existem debates na comunidade do jazz sobre a definição e as fronteiras do "jazz". Em meados da década de 1930, amantes do jazz de Nova Orleans criticaram as "inovações" da era do swing como contrárias a improvisação colectiva, eles pensavam nisso como essencial para a natureza do "verdadeiro" jazz.

Pelos anos 40, 50 e 60, eram ouvidas criticas dos entusiastas do jazz tradicional e dos fãs do Bop, na maioria das vezes dizendo que o outro estilo não era, de alguma forma, o jazz "autêntico". Entretanto, a alteração ou transformação do jazz por novas influências tem sido desde o princípio criticada como "degradação", Andrew Gilbert diz que o jazz tem a "habilidade de absorver e transformar influências" dos mais diversos estilos de música.

As formas de música tendo como objectivo comercial ou com influência da música "popular" tem sido ambas criticadas, ao menos quando ocorre o surgimento do Bop. Fãs do jazz tradicional rejeitaram o Bop, o jazz fusion da era dos anos 70, é definido por eles como um período de degradação comercial da música. Todavia, de acordo com Bruce Johnson, jazz sempre teve uma "tensão entre jazz como música comercial e uma forma musical". Gilbert nota que como a noção de um cânone de jazz está se desenvolvendo, as "conquistas do passado" podem se tornar "...privilegiadas sob a criatividade particular..." e a inovação dos artistas actuais. O crítico de jazz da Village Voice Gary Giddins diz que assim que a disseminação e a criação do jazz está a tornar-se cada vez institucionalizada e dominada por firmas de entretenimento maiores, o jazz está lidando com "...um perigoso futuro de aceitação de respeitabilidade e desinteresse." David Ake adverte que a criação de "normas" no jazz e o estabelecimento de um "jazz tradicional" pode excluir ou deixar de lado outras mais novas, formas de jazz avant-garde.

Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo "jazz" de uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard "jazz é um conceito" ou categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser designada como: "um número de músicas com elementos suficientes em parte comum de uma tradição coerente". Travis Jackson também define o jazz de uma forma mais ampla, afirmando que é uma música que inclui atributos tais como: "swinging”, improvisação, interacção em grupo, desenvolvimento de uma "voz individual", e estar "aberto" a diferentes possibilidades musicais

 

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Improvisação

 

Enquanto o jazz pode ser de difícil definição, improvisação é claramente um dos elementos essenciais. O blues mais antigo era habitualmente estruturado sob o repetitivo padrão pergunta e resposta, elemento comum em músicas tradicionais. Uma forma de música tradicional que aumentou em parte devido as canções de trabalho e field hollers. No blues mais antigo a improvisação era usada com bastante propriedade.

Essas características são fundamentais para a natureza do jazz. Enquanto na música clássica européia elementos de interpretação, ornamento e acompanhamento são, às vezes, deixados a critério do intérprete, o objectivo elementar do intérprete é executar a composição como está escrita. No jazz, entretanto, o músico irá interpretar a música de forma peculiar, nunca executando a mesma composição exactamente da mesma forma mais de uma vez.

Dependendo do humor e da experiência pessoal do intérprete, interacções com músicos companheiros, ou mesmo membros do público, um intérprete/músico de jazz pode alterar melodias, harmonias ou fórmulas de compasso da maneira que achar melhor. No Dixieland Jazz, os músicos revezavam tocando a melodia, enquanto outros improvisavam contra melodias. A música clássica da Europatem sido conhecida como um meio para o compositor. Jazz, contudo, é muitas vezes caracterizado como um produto de criatividade democrática, interacção e colaboração, colocando valor igual na contribuição do compositor e do intérprete.

Na era do swing, big bands passaram a ser mais baseadas em arranjos musicais - os arranjos foram tanto escritos como aprendidos de ouvido e memorizados (muitos músicos de jazz não liam partituras). Solistas improvisavam dentro desses arranjos. Mais tarde no bebop, o foco mudou para os grupos menores e arranjos mínimos; a melodia (conhecida como "head") era indicada brevemente no início e ao término da música, e o âmago da performance era uma série de improvisações no meio.

Estilos de jazz que vieram posteriormente, tais como o jazz modal, abandonando a noção estrita de progressão harmónica, permitindo aos músicos improviso com ainda mais liberdade, dentro de um contexto de uma dada escala ou modo (ex.: So What no álbum do Miles Davis, Kind of Blue).

As linguagens avant-garde jazz e o free-jazz permitem, e exigem, o abandono de acordes, escalas, e métrica rítmica, o grupo Das erste Wiener Gemüseorchester é um exemplo de free-jazz. Quando um pianista, violonista ou outro instrumentista com instrumentos harmónicos, improvisam um acompanhamento enquanto um solista está tocando, isso é chamado de comping (contração da palavra "accompanying"). "Vamping" é um modo de comping que é normalmente restrito a poucos acordes repetitivos ou compassos, como oposição ao comping na estrutura do acorde ao longo da composição. O Vamping também é usado como uma maneira simples de estender o começo ou fim de uma música ou continuar uma segue.

Em algumas composições modernas de jazz, onde os acordes fundamentais da composição são complexos ou de mudança rápida, o compositor ou o intérprete podem criar uma série de "blowing changes", que é uma série de acordes simplificada, melhor aplicada em comping e no improviso solo.

 

Por volta de 1808 o comércio de escravos no Atlântico trouxe aproximadamente meio milhão de africanos aos Estados Unidos, em grande quantidade para os estados do sul. Grande parte dos escravos veio do oeste da África e trouxeram fortes tradições da música tribal. Em 1774 um visitante os descreveu, dançando ao som do banjo de 4 cordas e cantando "a música maluca", satirizando a maneira com que eram tratados. Uma década mais tarde Thomas Jefferson similarmente notou "o banjar, que foi trazido da distante África". Foi feita de cabaça, como a bânia senegalesa ou como a akonting do Oeste da África. Festas de abundância com danças africanas, ao som de tambores, eram organizadas aos domingos em Place Congo Nova Orleães, até 1843, sendo como uma festa similar em Nova Orleães e Nova Iorque.

Escravos da mesma tribo, eram separados para evitar a formação da revolta, e pela mesma razão em Georgia e Mississippi, não era permitido, aos escravos, a utilização de tambores ou instrumentos de sopro que fossem muito sonoros que poderiam ser usados no envio de mensagens codificadas. Entretanto, muitos fizeram seus próprios instrumentos com materiais disponíveis, e a maioria dos chefes das plantações incentivaram o canto para que fosse mantida a confiança do grupo. A música africana foi altamente funcional, tanto para o trabalho quanto para os ritos.

As work songs e field hollers incorporaram um estilo que poderia ser ainda encontrado em penitenciárias dos anos 60, e em um caso eram parecidas com uma canção nativa ainda utilizada em Senegal. No porto de Nova Orleães, estivadores negros ficaram famosos pelas suas canções de trabalho. Essas canções mostravam complexidade rítmica com características de polirrítmica do jazz. Na tradição africana eles tinham uma linha melódica e com o padrão pergunta e resposta, contudo, sem o conceito de harmonia do Ocidente. O ritmo refletido no padrão africano da fala e o sistema tonal africano levaram ao blue notes do jazz.

No começo do século XIX, um número crescente de músicos negros aprendiam a tocar instrumentos do ocidente, particularmente o violino, provendo entretenimento para os chefes das plantações e aumentando o valor de venda daqueles que ainda eram escravos. Conforme aprendiam a música de dança europeia, eles parodiavam as músicas nas suas próprias danças cakewalk. Por sua vez, apresentadores dos minstrel show, euro-americanos com blackface, estilo de maquilhagem usado para sátira, popularizavam tal música internacional, a qual era combinação de sincopas com acompanhamento harmónico europeu. Louis Moreau Gottschalk adaptou música latina e melodia de escravos para músicas de piano de salão, com músicas tais como Bamboula, danse de nègres de 1849 e Le Banjo, dance de nègres de 1849 e Le Banjo, Fantaisie grotesque de 1855, enquanto sua música polka Pasquinade, em torno do ano 1860, antecipou ragtime e foi orquestrado como parte do repertório de concerto da banda de John Philip Sousa, fundada em 1892.

Outra influência veio dos negros que frequentavam a igreja e aprenderam o estilo harmónico dos hinos. Também, adaptavam os hinos em espirituais que aumentou em importância quando "grupos separatistas de igreja" foram formados depois da Guerra Civil dos Estados Unidos da América levou à abolição da escravatura nos Estados Unidos, em 1865. As origens do blues não estão registradas em documentos, entretanto, elas podem ser vistas como contemporâneas dos Negro Spirituals. Paul Oliver chamou a atenção à similaridade dos instrumentos, música e função social dos griots da savana do oeste africano, sob influência Islâmica. Ele notou estudos mostrando a complexidade rítmica da orquestra de tambores da costa da floresta temperada, que sobreviveram relativamente intacta no Haiti e outras partes do oeste das Índias mas não era farta nos Estados Unidos. Ele sugeriu que a música de cordas do interior sudanês se adaptou melhor com a música popular e baladas narrativas, dos ingleses e dos donos de escravos scots-irish e influenciaram tanto o jazz como o blues.

Décadas de 1890-1910

Salões para baile público, e tea rooms foram abertos nas cidades. A música popular de bailes na época era em estilos blues-ragtime. A música era vibrante, entusiástica e, quase sempre, improvisada. A música Ragtime daquele tempo era em formato de marchas, valsas e outras formas tradicionais de músicas, porém, a característica consistente era a sincopação. Notas e ritmos sincopados se tornaram tão populares com o público que os editores de partituras incluíram a palavra "sincopado" em seus anúncios. Em 1899, um pianista jovem e treinado, de Missouri, Scott Joplin, publicou o primeiro de muitas composições de Ragtime que viriam a ser música de gosto popular. As apresentações do líder de banda Buddy Bolden em Nova Orleães, desfiles e danças são um exemplo de estilo de improviso do jazz. O rápido crescimento do público que apreciava a música na pós-guerra, produziu mais músicos treinados que fossem formais. Por exemplo, Lorenzo Tio, Scott Joplin e muitas outras importantes figuras, no período inicial do jazz tiveram como base os paradigmas da música clássica.

A emancipação dos escravos levou à novas oportunidades para a educação de afro-americanos que eram livres, mas a segregação *estrita significava oportunidades de trabalho limitadas, trabalhos subalternos. Havia excepções: ser professor, pregador, músico; e muitos obtinham educação musical. Euro-americanos costumavam ver os músicos negros como provedores de entretenimento de "classe-inferior" nas danças e nos minstrel shows, e mais tarde o vaudeville. Várias bandas marciais foram formadas, aproveitando a disponibilidade de instrumentos usados nas bandas do exército. Um pianista negro não podia ser aceito em salas de concertos, mas poderia ser encontrado tocando na igreja ou tinham oportunidades de trabalho em bares, clubes e bordéis de zonas de meretrício, sendo que, aqueles que liam partitura eram chamados de "professores" enquanto os outros eram "tocadores (ticklers)" que tocavam marfim. Antonin Dvorák escreveu um artigo controverso, publicado em Fevereiro de 1898 no Harper's New Montly Magazine, aconselhando os compositores americanos a basearem a sua música nas melodias dos negros.

 

New Orleans

A parte de Nova Orleães tinha se tornado uma mistura de raça de casta criola aproveitavam muitas das oportunidades dos brancos, e ensembles de negros participavam em músicas clássicas e em óperas da cidade. Entretanto, a lei de segregação, que entrou em vigor no ano de 1894, classificando a população Afro-Criola como "negra", colocando as duas comunidades com uma só definição. Desde 1857, existia prostituição legalizada na área conhecida como "The Tenderloin", e em 1897 essa zona de meretrício, próximo a Basin Street, ficou conhecida como "Storyville", legendário provedor de emprego para os talentos do jazz que surgia.

Diversas bandas marciais, tais como a Onward Brass Band fundada por volta de 1880, encontrou serviço em diversas situações, particularmente em funerais luxuosos, feitos pela comunidade afro-americana onde era tocada música solene no caminho do cemitério, posteriormente no caminho de volta era celebrado no estilo ragtime, versões de canções eram executadas de forma sincopado e com espírito, tais como a Marcha fúnebre.

A partir do ano de 1890, o trompetista Buddy Bolden liderou uma banda que fazia apresentações em Storyville, incorporando dança Afro-criola, música com elementos de blues e adicionando swing ao ritmo, trazendo inspiração a futuros músicos de jazz. Sua carreira, acabou abruptamente em 1907, antes que ele gravasse, até então não se sabe ao certo o seu estilo. Suas apresentações nos desfiles e danças de Nova Orleãs parecem ter sido exemplos iniciais do improviso no jazz.

O inovador pianista, afro-criolo, Jelly Roll Morton começou sua carreira em Storyville, e mais tarde disse ter usado o termo jazz em 1902 quando demonstrou a diferença entre ragtime como um tipo de sincopação, adequada somente para algumas canções, e jazz como "um estilo que pode ser aplicado a qualquer tipo se canção", inclusive clássicos populares, tais como as árias de Verdi. De 1904, ele fez tours com shows vaudevile, em torno das cidades do sul, também tocando em Chicago e Nova Iorque.

Seu "Jelly Roll Blues", que ele afirmava ter feito a composição, aproximadamente no ano de 1915, como o primeiro arranjo de jazz impresso, introduziu mais músicos ao estilo de Nova Orleães. Bolden influenciou Freddie Keppard, o qual iniciou tocando por volta de 1906 rapidamente tendo sucesso. Aproximadamente em 1917, Keppard se juntou à Bill Johnson's Original Creole Orchestra, que fazia performances em Los Angeles, California, meses antes de fazer tours em várias cidades com vaudeville, introduzindo o estilo nas áreas do norte.

No mesmo ano a liderança estava com Joe "King" Oliver, no qual o estilo era o mais blues. Oliver tocava com o trombonista Kid Ory, e ensinava o jovem fã de Bolden Louis Armstrong, que aprendeu a tocar em casa para *Colored waifs. Enquanto a maioria das bandas eram Afro-Criolas ou negras, Papa Jack Laine era talvez o primeiro músico de jazz que não era negro. Sua banda, Reliance Brass Band, começou em 1888 e continuou com várias etnias apesar das leis de segregação.

Grandes nomes do Jazz:

Wes Montgomery

Glenn Miller

Benny Goodman

Louis Armstrong

Bessie Smith

Ella Fitzgerald

Charles Mingus

Mahalia Jackson

Count Basie

Chet Baker

Billie Holiday

Duke Ellington

Coleman Hawkins

Lee Morgan

Anita O'Day

Lester Young

Charlie Parker

Dizzy Gillespie

Miles Davis

John Coltrane

Ornette Coleman

John McLaughlin

Wynton Marsalis

Dave Brubeck

Al Di Meola

Django Reinhardt

Michael Bublé

Benny Goodman

Papa Jo Jones

Joe Pass

Gene Krupa

Buddy Rich

Art Blakey

Jazz em Portugal

Portugal não tem uma grande tradição no Jazz, mas podemos encontrar algumas referências, muitas delas ligadas ao Hot Clube de Portugal como:

Bernardo Moreira

Bruno Santos

David Ferreira

Jacinta

Joana Rios

João Moreira

Maria João e Mário Laginha

Marta Hugon

Paula Oliveira