Reggae

O inicio:

     O Reggae é um género que cresceu de vários estilos musicais, incluindo tanto música tradicional Jamaicana (o ska e o mento), como R&B e rocksteady. É baseado  num ritmo de batidas regulares, como o ska e o rocksteady, mas mais lento.

    Nos primeiros tempos da rádio as estações tinham imensa potência, e transmissões várias estações da Florida e Nova Orleães con seguiam alcançar a Jamaica. Apenas nos anos 60 é que o Reggae se distinguiu como um género musical independente.

Características do ritmo

    O reggae possui uma batida de fundo pesada, dando ênfase ao segundo e quarto tempos de um compasso quaternário. Esta batida é característica de todos os géneros musicais com raízes africanas e não se encontra em música europeia ou asiática.

Rastafarianismo

    É uma religião milenar muito comum entre Jamaicanos de ascendência africana, reavivada por Marcus Garvey, que defendia uma migração maciça de volta às origens.

Alguns dos músicos mais conhecidos a nível mundial são praticantes desta religião, e isto explica o facto de muitas das letras transmitirem os princípios e a crenças desta religião.

Reggae

    A palavra Reggae foi inventada por volta de 1960, na Jamaica, para identificar um estilo de música de dança grosseira, “esfarrapada”, cujas raízes ainda se encontravam no R&B de Nova Orleães. Contudo, o Reggae rapidamente adquiriu um tom de lamento e enfatizava um ritmo sincopado. Também se tornou clara a relação com o Rastafarianismo, tanto nos temas das letras como na utlização do estilo de percussão nyah-bingi, que se assemelha ao batimento do coração com o padrão “pum-pum, pausa, pum-pum”). E, ao contrário daquilo a que estamos habituados, na música reggae é o baixo o instrumento que lidera a melodia, com a guitarra como apoio, ao contrário do que acontece no rock e metal, por exemplo.

          Incrivelmente, esta música, associada sempre à Jamaica, não tem, de facto, nada de jamaicano, tendo as suas origens nos EUA e no continente africano.

          Uma companhia independente, de nome Island, distribuiu discos jamaicanos no Reino Unido durante a década de 60, mas o estilo só se tornou popular quando Al Capone, uma música de Prince Buster, se tornou o hit nº1 de dança.

          O reggae ainda era bastante associada aos ghettos e à violência de gangs, mas a música Wonderul World Beatiful People (1969), de Jimmy Cliff, ligou para sempre o Reggae à filosofia “peace and love”, inicialmente associada apenas aos hippies. Nos EUA, Neil Diamond lançou Red Red Wine(1967), que se tornou no primeiro sucesso do género lançado por um artista pop. Pouco tempo depois, em 1968, Johnny Nash lançava Hold Me Tight e punha o Reggae nos tops. No entanto, Este género musical só ganhou o seu nome com Do the reggay, de 1968, pelos Toots And The Maytals.

          A música Reggae tornou-se global principalmente pelo trabalho de Robert Nesta Marley (Bob Marley), primeiro como líder conjunto dos Wailers, e depois como líder político e religioso (rastafari) deste movimento cultural, um estatuo que o transformou numa estrela mundial, particularmente depois da sua conversão ao pop-soul, com baladas como Stir it Up, Shoot The Sheriff e No Woman No Cry. No entanto, existem outros músicos igualmente importantes na divulgação do Reggae, como Jimmy Cliff e Peter Tosh.

          A associação à “Maria”

    Nas práticas da religião rastafari, a marijuana é usada como sacramento; acredita-se que aproxima a pessoa de Deus (JAH). No entanto, adolescentes americanos interpretaram erradamente este ritual sagrado e usaram-no como desculpa para o uso da “planta mágica”.

          Mas o Reggae não implica o uso de Ganja, e nem sempre esta constitui um elemento das letras, da mesma forma que ser rastafari não implica uma ligação ao Reggae.

          A linguagem

     Os poemas são frequentemente difícil de compreensão para outros falantes do inglês fora da Jamaica, pois estas são escritas num dialecto baseado no inglês mas distintamente jamaicano. Muitas expressões exclusivamente jamaicanas, verbos alternativos são usados e termos nativos também são usados, como “Jah” – Deus.