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Anos 50, quando o rei salvou o rock

24-03-2009 23:10

      

Os anos 50 marcaram o que hoje parece ser a fase mais ingénua do rock. Mas para a época não era tão ingénuo assim. Os primeiros sucessos do rock’n’roll, que começaram a tocar nas rádios e aparecer entre os discos mais vendidos, encontraram uma sociedade moralista e racista, além de preconceituosa em relação à cultura popular. Uma canção com fortes influências da música negra, carregada de sensualidade, com letras rebeldes e electrificada era mais do que suficiente para ser considerada música do demónio, por religiosos, moralmente devassa, por pais, professores e boa parte da imprensa, e subversiva, pelas autoridades em geral. Quem gostou mesmo do rock’n’roll foram os adolescentes com poder de compra e uma indústria fonográfica ávida por novidades e lucros.

Uma primeira fase após o “nascimento” do rock, nos anos 50, foi dominada pelo rock’n’roll e pelo chamado rockabilly, uma espécie de rock da roça. A fusão do jump blues (uma mistura do blues com jazz), do country (música caipira) e do boogie-woogie (estilo percussivo e rítmico dos pianistas negros entre os anos 20 e 40) deu formato ao rock’n’roll e ao rockabilly, este último com uma influência maior da música country com seus banjos e bandolins. Os primeiros astros da primeira fase do rock foram Chuck Berry, Bill Halley & His Comets, Little Richard, Jerry Lee Lewis, Carl Perkins, Eddie Cochran, Buddy Holly e, claro, Elvis Presley. Junto com eles, artistas negros de blues e jazz que se aproximaram do rock’n’roll ganharam destaque, como B.B. King, Ray Charles, Muddy Waters, Fats Domino e Bo Diddley.

O jovem Elvis Presley virou o Rei do Rock ainda nos anos 50

Musicalmente o rock vive sua primeira ascensão e queda na própria década de 50. O embranquecimento do rock entre o lançamento dos primeiros discos verdadeiramente de rock’n’roll, pelos Dominoes e por Ike Turner, em 1951, até o sucesso de Bill Halley, em 1955, traz uma perda de alguns elementos essenciais do género, como a sensualidade. Isso mudaria no começo de 1956 com o sucesso de Elvis Presley. Elvis já vinha ganhando destaque desde 54 quando lançou o seu primeiro compacto, com “That’s All Right” que foi parar ao primeiro lugar da parada country. Mas foi a partir do lançamento de “Heartbreak Hotel”, um rockabilly mais pesado e cheio de sensualidade, no começo de 1956 que Elvis chegou ao topo das paradas pop e country. O rock acabava de se reinventar, mais sensual, barulhento, insano e mágico. Em pouco tempo, Elvis passaria da condição de príncipe a Rei do Rock, com uma série fenomenal de sucessos, shows ensandecidos, programas de televisão e filmes campeões de bilheteira.

Enquanto Elvis reinava, duas tendências comportamentais dominaram a juventude roqueira: os teddy boys e os rockers ou greasers. Ambas eram formadas por jovens proletários amantes do rock’n’roll, que se encontravam em torno das vitrolas automáticas em lanchonetes e pubs. No caso dos teddy boys a moda era usar o vestuário da classe alta, com paletós engomados e compridos. Já os rockers ou greasers usavam casacos de couro, jeans e botas, passavam brilhantina e adoravam motocicletas. A associação que os jovens faziam entre o rock e a liberdade era cada vez mais forte e iria se tornar total na década que estava por vir.

Fonte: www.hsw.uol.com.br